A proposta da atividade era experimentar e explorar o espaço com formas de restrição e ampliação de movimentos e sentidos a partir de elementos (encontrados em casa) que poderiam ser vinculados (encaixados, vestidos, acoplados, amarrados, incorporados) ao corpo. O meu grupo escolheu o barbante como objeto em comum, por ser maleável e fornecer diversas formas de se ligar ao corpo. Primeiramente decidi usar o barbante como forma de extensão ao corpo, acoplando ele a outro objeto, um palito de picolé, mas percebi que o efeito contrário ocorreu. Ao criar uma extensão da minha mão que exigia equilíbrio, acabei por limitar meus movimentos para que o objeto criado não se desprendesse totalmente de mim.
Depois da discussão crítica a caminho da possibilidade de abertura, ou virtualização, do objeto criado, decidi reelabora-lo usando novamente o barbante para acoplar os objetos a minha mão. Dessa vez o efeito de ampliação dos sentidos foi alcançado, pois ao prender os marcadores nos meus dedos aumentei a distancia que meu tato conseguiria alcançar.
Apesar de não sentir diretamente a interação com outros objetos consegui alcançar teclas mais distantes no teclado, por exemplo. Porém, ao mesmo tempo senti que também haviam restrições, já que não consegui pegar objetos normalmente. Mas essas limitações foram temporárias, já que consegui desenvolver formas diferentes de manipular os objetos. Ao tentar levantar uma tampa de copo, por exemplo, não consegui pegar usando a extensão dos dedos indicador e polegar, como faria usando apenas a mão, mas ao usar a extensão de todos os dedos foi possível manipular esse objeto. Por fim, percebi que a maioria dos objetos, dependendo de como acoplados ao corpo, podem tanto restringir quanto ampliar os sentidos. Além disso, os objetos que usei poderiam ser realocados de maneira distinta e exercer uma outra função, estando abertos assim, a virtualização.
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